segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Mantenha distancia... é mais seguro!

Acredito que escrevendo, me revelo por inteiro. Sem trejeitos, gestos ensaiados ou frases certas. As palavras fluem, com se precisassem vez que outra sair de mim.
Ai vem você, com toda a sua curiosidade, e desvenda cada pedacinho, que eu pretendia revelar aos poucos, ou talvez nunca lhe mostrar.
É complicado expor sentimentos, mas ainda mais complexo, é mostrar ao mundo, o seu ponto de vista.
No meu caso, esse ponto de vista, é confuso, transitório e muitas vezes ilegível. Sei que não sou o que se espera de uma mulher de vinte e poucos anos. Misturo uma sabedoria ânsia, com doses de infantilidade, que sem que eu perceba, escorrem pelas minhas palavras em momentos de extremo, raiva ou amor.
Tenho medo que com os textos você tire conclusões precipitadas sobre mim. Não quero rótulos ou expectativas. Quero que a convivência diária ateste a minha personalidade. Quero que você dê o seu próprio veredicto. Ou melhor, que nunca pretenda me conhecer por inteiro, que nas interrogações que trago em minha personalidade, lhe seja sempre um atrativo.
Também é ruim pensar que você pode ficar chateado ou intrigado com algum texto. Ou ainda: é desconfortável crer que você pode tentar me ler nas entrelinhas, procurar supostas mensagens subliminares e entender tudo errado. Alem disso, não suporto interrogatórios inúteis. Perguntas sobre o que escrevo ou deixo de escrever podem me reprimir. Eu não quero censuras.
Como disse anteriormente, eu mesma não sei explicar da onde vem a minha inspiração, ela simplesmente brota, como se já estivesse sendo cultivada há muito tempo, e no momento exato, vem átona.
Respeito a sua curiosidade, admito que leio mil vezes aquela mensagem no celular que você mandou, tentando entender todas as entrelinhas, que com toda a certeza eu teria deixa no caminho.
Então vamos combinar assim: mantenha distancia dos meus escritos... é mais seguro!

(Raissa Mesquita)