sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pagando bem, que mal tem?

Trago o seu amor de volta em um mês. Dois no máximo - Valor: R$ 30,00
Ligue já!!!!

Quem nunca viu essa seqüência de palavras e mesmo que por um instante, se questionou se seria possível?

Não me mande cartas, e-mails ou sinais de fumaça. Não sou macumbeira nem faço mandingas. Meus conselhos não têm fórmula secreta nem exigem técnica apurada alguma. Ser autêntico e ter confiança em si mesmo são maneiras fundamentais para iniciar os trabalhos. Se você tem dúvidas quanto a isso, vá para frente do espelho e reflita. Ou pare por aqui a leitura.

Ninguém quer um bonequinho que concorda com tudo, que se submete a tudo. Tenha opinião, defenda o seu ponto de vista. Fale, converse, diga o que você gosta e também o que o incomoda. Sem jamais perder a classe nem muito menos levantar a voz. Conheço um monte de pessoas que se desentendem e nem sabem a razão, que se gostam e vivem afastados, simplesmente porque não conseguem se fazer entender pelo outro.

Goste de quem sente o mesmo por você. Caso contrário não será um relacionamento, será sim um doido desvairado atrás de alguém que quer tudo menos compromisso, tudo menos você. A vida é tão curta. O mundo é tão grande. Não perca tempo com quem não o valoriza e vá procurar aquele que se encaixa (quase) perfeitamente nas suas exigências, além de também ser louquinho por você.

Saia, dance, pule, agite, leia, viaje. Faça o que deixa você feliz. Se o amor que você quer de volta também quiser você, fique tranqüilo, ele vai achá-lo aonde você estiver. Mesmo que você mude de casa, de telefone, de e-mail. Mesmo que você já tenha desistido de esperá-lo. E quando ele o encontrar, não seja orgulhoso, não diga o que você não sente, não alarde a sua mágoa. Aceite a felicidade que está vindo de bandeja para você. Muitas pessoas se auto-boicotam quando as coisas começam a dar certo demais. Não seja uma delas.

Seja esperto. Seja contente. Seja autêntico. Seja confiante. E quem vai trazer seu amor de volta ou mesmo um novo amor será você mesmo.

Depois me ensina o que fazer: sou péssima em seguir meus próprios conselhos.


(Raíssa Mesquita)

quarta-feira, 28 de abril de 2010

É um dia especial!

E assim, depois de muito esperar, num dia como outro qualquer, decidi triunfar...
Decidi não esperar as oportunidades e sim, eu mesmo buscá-las. Decidi ver cada problema como uma oportunidade de encontrar uma solução. Decidi ver cada deserto como uma possibilidade de encontrar um oásis. Decidi ver cada noite como um mistério a resolver. Decidi ver cada dia como uma nova oportunidade de ser feliz.
Naquele dia descobri que meu único rival não era mais que minhas próprias limitações e que enfrentá-las era a única e melhor forma de superá-las. Naquele dia, descobri que eu não era o melhor e que talvez eu nunca tivesse sido. Deixei de me importar com quem ganha ou perde, agora me importa simplesmente saber melhor o que fazer.
Aprendi que o difícil não é chegar lá em cima, e sim deixar de subir. Aprendi que o melhor triunfo é poder chamar alguém de amigo. Descobri que o amor é mais que um simples estado de enamoramento; o amor é uma filosofia de vida.
Naquele dia, deixei de ser um reflexo dos meus escassos triunfos passados e passei a ser uma tênue luz no presente. Aprendi que de nada serve ser luz se não iluminar o caminho dos demais. Naquele dia, decidi trocar tantas coisas...
Naquele dia, aprendi que os sonhos existem para tornar-se realidade. E desde aquele dia já não durmo para descansar. Simplesmente durmo para sonhar.
(Raíssa Mesquita)

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bandeira branca, amor!

E de um ato totalmente inesperado, a brisa se torna uma ventania!

É estranho como algumas pessoas, exercem um poder quase que magnético sobre nossas vidas. São como ímãs desgovernados, que dão a todo o momento novas formas e outras forças aos nossos pensamentos.

Depois de algum tempo juntamos todas as nossas pedras, dia após dia, construímos um muro alto e resistente ao redor de nós, onde acreditamos estarmos protegidas. Longe das promessas infundadas, dos dias de espera, da angustia interminável.

Ai sem mais nem menos, sem aviso prévio, aquela pessoa que você até já julgava ter esquecido, ressurge das cinzas, como uma fênix ainda mais forte. E com três ou quatro palavras, seu belo muro vai ao chão e lá no fundo você descobre um sentimento forte, um desejo enlouquecido de estar perto e uma esperança que na verdade nunca acabou.

E o mesmo jogo segue, com as mesmas cartas, as mesmas regras e os mesmo jogadores.

Só que dessa vez minha amiga, o jogo pra você acabou...

Você não sabe mais nenhuma jogada estratégica, nenhum truque, nem com a sorte você conta mais. Tudo o que você tinha pra perder, você já perdeu.

Mas ele está lá, com as mesmas palavras certas, com a mesma irritável e apaixonante ironia, com aquele controle de tudo que só ele tem. E o adormecido explode em você em questão de segundos.

Mas dessa vez é diferente, você já não quer mais conquistar, nem brigar, nem falar só as coisas certas, na esperança de receber um pouco mais. Você só quer paz, acabar com esse jogo, levantar a bandeira branca, seguir a diante.

Não sei se porque você amadureceu, ou se o tempo fez com que você casasse, mas misteriosamente você entrega os pontos e mesmo sentindo tudo aquilo de novo, você deixa tudo como está e pela primeira vez na vida, dá ao tempo, o tempo que ele precisa pra por tudo em ordem outra vez.

(Raissa Mesquita)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tudo muda o tempo todo!

Às vezes tenho uma estranha impressão de que nada mais pode me surpreender. Sinto que não restam lágrimas ou esperanças, que não sobrou espaço para mais decepções, fantasias ou expectativas. Parece que eu espero mesmo que o improvável aconteça. Logo eu que sempre gostei tanto de surpresas, me deparo hoje com uma versão acomodada de mim mesma. Já não busco o extravagante, nem me encanto só com o desconhecido. O normal me agrada.

Talvez seja porque perdi as contas de quantas horas esperei sem saber, de quantas passagens só de ida tive que rasgar, de quantas interpretações medonhas de uma mesma frase obriguei-me a fazer para não entender o óbvio, o que eu não queria ver.

Talvez porque decorei cada sonho que permanece adormecido, cada plano que nunca saiu do papel. Talvez porque eu não queira esquecê-los ou apenas me sinta impotente diante deles.

Talvez porque cheguei ao estágio onde as pessoas realmente aceitam que o impossível existe sim, e por mais doloroso que isso seja, verdade seja dita, somos impotentes diante do impossível.

O destino fez questão de me demonstrar que os ventos podem mudar de direção a todo instante e que preciso estar preparada para desembarcar em qualquer lugar. Já não me assusta a idéia de jogar fora o velho roteiro e rabiscar outra vez o meu caminho. De mudar meu tom de voz, meu cabelo, meus hábitos. Não me assusta ter que descobrir em pessoas novas, grandes amizades. E em grandes amizades, pessoas novas, nem tão interessantes quanto antes.

No entanto, devo admitir que falar é muito fácil e sou ótima na teoria, mas na prática as coisas mudam muito. Basta que eu me distraia por um momento para que algo diferente aconteça e me pegue desprevenida.

Sem saber o que fazer ou falar: fico sem reação. Não sorrio, não choro, nem mesmo uma interjeição ousa sair da minha boca. Mesmo assim, não consigo deixar de lado a mania de viver tudo do meu jeito, de viver situações inimagináveis, de sonhar com um futuro distante e melhor.

Logo um friozinho percorre o meu corpo e traz a certeza de que a vida estará sempre disposta a me surpreender. Que as pessoas, assim como eu, mudam constantemente. Que os mesmo olhos castanhos, que hoje me arrancam suspiros, logo serão substituídos por um certo brilho verde, ou um azul mesclado.

E logo eu penso: Que alívio, tudo muda o tempo todo!

E meu amanhã será sempre uma surpresa.

Raíssa Mesquita