segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Bandeira branca, amor!

E de um ato totalmente inesperado, a brisa se torna uma ventania!

É estranho como algumas pessoas, exercem um poder quase que magnético sobre nossas vidas. São como ímãs desgovernados, que dão a todo o momento novas formas e outras forças aos nossos pensamentos.

Depois de algum tempo juntamos todas as nossas pedras, dia após dia, construímos um muro alto e resistente ao redor de nós, onde acreditamos estarmos protegidas. Longe das promessas infundadas, dos dias de espera, da angustia interminável.

Ai sem mais nem menos, sem aviso prévio, aquela pessoa que você até já julgava ter esquecido, ressurge das cinzas, como uma fênix ainda mais forte. E com três ou quatro palavras, seu belo muro vai ao chão e lá no fundo você descobre um sentimento forte, um desejo enlouquecido de estar perto e uma esperança que na verdade nunca acabou.

E o mesmo jogo segue, com as mesmas cartas, as mesmas regras e os mesmo jogadores.

Só que dessa vez minha amiga, o jogo pra você acabou...

Você não sabe mais nenhuma jogada estratégica, nenhum truque, nem com a sorte você conta mais. Tudo o que você tinha pra perder, você já perdeu.

Mas ele está lá, com as mesmas palavras certas, com a mesma irritável e apaixonante ironia, com aquele controle de tudo que só ele tem. E o adormecido explode em você em questão de segundos.

Mas dessa vez é diferente, você já não quer mais conquistar, nem brigar, nem falar só as coisas certas, na esperança de receber um pouco mais. Você só quer paz, acabar com esse jogo, levantar a bandeira branca, seguir a diante.

Não sei se porque você amadureceu, ou se o tempo fez com que você casasse, mas misteriosamente você entrega os pontos e mesmo sentindo tudo aquilo de novo, você deixa tudo como está e pela primeira vez na vida, dá ao tempo, o tempo que ele precisa pra por tudo em ordem outra vez.

(Raissa Mesquita)