quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Repare nos sinais! - mas que sinais?

Não, não é o filme. Ninguém aqui pretende sofrer um ataque extraterrestre. Nossa parada é com os terráqueos-machos mesmo. Não entendeu? Calma, duvido que você mulher bem resolvida e supostamente vivida não tenha se deparado com esse “problema” em alguma fase da vida. E isso serve a você também, caro terráqueo-macho, aqui também conhecido como HOMEM, porém não menos complexo...
Você conhece alguém, a afinidade é instantânea... Conversam sobre qualquer assunto, desde o último capítulo eletrizante da novela das 8 até o resultado do campeonato de futebol. Tem os mesmos gostos, senso de humor parecidíssimo, as conversas táteis – mão no braço, no ombro, na perna – a empolgação nos gestos durante a conversa, a alegria aparente quando estão na companhia um do outro... Ele lembra de tudo que você conversa com ele, é pontual, atencioso e um ótimo ouvinte (todos são assim nos 7 primeiros dias)... Parece ótimo! Um partidão! Você acha que o seu interesse por ele está mais que óbvio e que ele já percebeu... E fica na espera de algo que indique que ele também está na sua, uma frase, um gesto... Ou seja, você está à espera de sinais...
Sinais são algo que buscamos durante várias fases na relação: de início, queremos simples toques da pessoa de que ela está afim, de que podemos avançar, investir, alimentar uma paixonite, falar mais perto, tocar o braço, demorar no abraço e jogar olhares fatais... uiiii (e que mulher não tem uma coleção deles guardados?!).
Mais adiante, esperamos o sinal verde de estabilidade, confiança, quem sabe até amor... e pra amar deve haver um trampolim; um trampolim pra uma piscina cheia de incertezas que a gente acredita mesmo tento todos os alertas do mundo pra não acreditar. Pra acreditar, precisamos do sinal “SE JOGA!”. Como saber se vamos cair numa piscina vazia? Rasa? Olímpica? Ou cheia de bichos? Ou turbulenta? Ou numa hidro? Pelos sinais...
Eles são demonstrações de que você pode se aproximar da pessoa, ficar mais e mais íntima (e isso nem é no sentido físico, mas naquelas coisas emocionalmente complicadas) e sim, acreditar, nem que seja por alguns meses, que felicidade existe, que amor existe, que Papai Noel e a rena existem. E que ambos tem narizes vermelhos.
Por mais entrelinhas que existam para se ler, o sentimento quando existe é perceptível em cada gesto de cuidado, cada delicadeza nas palavras (ainda que essas delicadezas sejam um tanto exóticas de mais), cada despedida demorada, nos recados, nas risadas, nos bilhetes, no despertar e adormecer juntos, no enlaçar de pernas e no magnetismo que o corpo dele transmite ao seu, como imã que parece não deixar você querer nem um palmo de distância.Tudo isso fala por si... é um “vem cá” dito de outras formas.
E por que não tomamos uma atitude mesmo antes desse sinal aparecer (e se aparecer?) Simplesmente por medo! Medo do que isso possa fazer com a amizade entre vocês, principalmente por toda a afinidade do começo, quando se encontra tão boa companhia, não se quer perder por nada... Medo de expor a sua face mais sensível e ao mesmo tempo frágil, o lado “mulherzinha” que todas temos, mas que teimamos em esconder, porque aí ficamos mais propensas a ter uma decepção maior se algo não sai como o planejado... E enfim, o medo dele não corresponder aos seus sentimentos e você ficar com cara de tacho.
Nem sempre os sinais vem, e isso provoca sentimentos de rejeição e questionamentos do tipo: “eu vi coisa onde não tem?”, “será que ele não quer se envolver?”, “é namoro ou amizade?”, “ele ainda gosta de mim?” e todo esse lenga lenga reflexivo e pseudo-masoquista, até na mulher mais confiante auto-suficiente do mundo.
Recebi o pedido para escrever sobre esses sinais e para dar minha opinião sobre o que fazer na ausência deles, acho que diante de dúvidas, não existe muito o que fazer, eu particularmente não sou muito a favor de discutir a relação (até porque, de fato a relação ainda não existe e isso poderá ser visto como uma cobrança), o que importa é, além do senso investigativo, manter a calma, o bom-humor e cultivar o hábito do amor próprio, ninguém é mais importante do que você mesma.
(e se não der certo, sai no tapa... hahahahaha)
obs: mas não tentem fazer isso em casa!
(Raíssa Mesquita)