quinta-feira, 13 de novembro de 2008

As saudades mais bonitas...

Depois de muitas provas concretas, que martelaram a minha paciência durante muito tempo, e que ainda deixam pegadas quando menos espero, cheguei a uma conclusão dura, porém sábia: Não existe nada mais DIFÍCIL do que se livrar de uma pessoa FÁCIL. Isso infelizmente é praticamente uma regra social. Pessoas interessantes, ocupadas, cheias de história pra contar, que tem personalidade, escapam pelos menores furos, essas pessoas tem sua vida própria, e são feliz com ela. Não vêem ninguém como escada ou apoio, chegam sem anunciar, deixam o que elas têm de melhor, saem levando de nós o que oferecemos de coração. Tudo isso sem perdas ou danos pra ambas as partes, essas pessoas sabem somar, não busca dividir. Diferentemente existe entre nós uma outra espécie, a das pessoas fáceis. E acredite, não existe nada mais repugnante do que ter alguém fácil no seu pé. Elas grudam como cola, invadem sem o menor pudor os seus sonhos, passam o dia falando dos planos a dois, sem nem se preocupar se você quer se incluir nos sonhos delas, afinal os sonhos são delas e não seu.Você diz que não quer mais, que não sente mais nada, que está enjoada (o), que tem outra pessoa, que não está feliz assim. Pura perda de tempo! Tentar atingir o orgulho desse tipo de gente é como semear em chão batido. Eles não sabem o que é orgulho, amor-próprio ou auto-suficiência. Migalhas lhes bastam!Ai no meio do caminho você encontra aquela amiga, a pessoa que parece entender tudo o que você pensa, diz e faz com o olhar, e como se em um erro gravíssimo do destino, ela mora longe, cada vez mais longe de você. Encontra ainda, o homem mais incrível que você já conheceu, aquele que faz com que você perca noção de tempo e perigo. E em 3 meses você descobre que a distancia nesse caso é ainda maior, que vocês vivem momentos diferentes na vida, e esperam um do outro justamente o que não poderiam dar agora. É infelizmente, a pessoa mais interessante, é sempre a mais difícil!No caminho tenho encontrado os dois tipos, sem dívida as pessoas fáceis, como o nome mesmo diz, são muito mais fáceis de encontrar e estão em maior números no mundo. Pessoas que não se bastam, e que erroneamente, fazem do outro lugar de descanso. Mas confesso que as poucas e boas que encontrei, embora distantes, complexas ou em descompasso com o que eu sinto, deixaram muito em mim. E delas é que guardo as saudades mais bonitas...
(Raíssa Mesquita)