domingo, 16 de novembro de 2008

É uma pena...

Se existe algo que ficou definitivamente a desejar, na maravilhosa criação do ser humano, foi a falta do inteligente comando: Bloquear! Tem coisa mais bem bolada, do que você simplesmente parar aquela pessoa, no momento que você quiser? Ele está lá, você finalmente aparece online, realmente disposta a conversar com as pessoas que lhe façam bem, passam-se longos 5 segundos e lá está ele, pronto para começar mais uma das tantas conversas repetitivas e desnecessárias, conversas essas, que quando você se dá ao luxo de responder, só acabam te fazendo muito mal. E ao final dessa conversa, você vai estar mais cheia de esperanças que nunca e realizada com as migalhas que ele deixou cair durante uma declaração e outra para você. Infelizmente, ele ainda exerce esse poder! E você lembra da saudade que não passou completamente, das palavras que só ele sabe dizer, do jeito tão próprio de te arrancar as melhores risadas. Mas calma, seus problemas acabaram. Ele já está bloqueado, o MSN conta com esse maravilhoso comando!
Bom mesmo seria se esse músculo involuntário pulsante, que chamamos de coração, soubesse pulsar só pela pessoa certa, soubesse a hora exata de mudar de foco, de deletar antigas recordações. É complicado aspirar por experiências novas, quanto tudo e todos estão cheios do passado. Abrir um livro e sentir o perfume, ouvir a música que sempre foi perfeita, acordar todos os dias e perceber a bagunça que ainda permanece dentro de você, exatamente como ele deixou!Já repito aquele velho texto batido, sobre os amares mal vividos, sobre o desejo de esquecer, me desapegar, superar, como se dentro de mim existisse alguma espécie de fênix, que ao receber meus estímulos exteriores, irá ressurgir das cinzas que ficaram em mim, e assim me fazer mais forte. Já repito esse velho texto batido, na busca de acomodar minhas lembranças e de convencer meu coração. Queria simplesmente bloquear, congelar o sujeito naquele exato momento. Tornar-me inatingível a qualquer tipo de ação, por parte dele, ou a falta delas, que acredito eu, seja o que mais incomoda. Queria mesmo era convencer-me, que é uma pena... Mas certas pessoas não valem a pena!
(Raíssa Mesquita)