domingo, 2 de novembro de 2008

O amor acaba, mas ainda é amor!

Juro que tenho tentado ser mais pacifica, tolerante, compreensiva. Mas não tem jeito, certas pessoas me tiram do sério. Temos dois braços, duas pernas, uma boca, olhos e ouvidos absolutamente ao nosso dispor, mas sempre tem aquele tipo de pessoa que insiste em criar uma corda imaginária, para ficar de mãos e pés amarrados, e uma venda grossa e escura pra tapar os olhos e os ouvidos, calando-se porque já não existem argumentos.Ai me poupe, nascemos livres e com o mais sábio e compensador dos direitos, o de livre arbítrio, como podem ainda existir pessoas insatisfeitas com relacionamentos? Como podem jogar todo o peso dos seus medos e frustrações nas costas de alguém? Como pode o papel de vitima do destino ainda agradar a tantos?Sinceramente não entendo e nunca vou entender, não está feliz? Vai atrás de mudança, de pessoas novas, de sentimentos esquecidos. Nada é impossível enquanto se está vivo!Não é porque você jurou amor e lealdade a alguém, porque você depositou todos os seus planos em uma relação, que ela tenha que ser eterna. Isso acontece! Assim como dizer que um dia você já teve medo do escuro e que hoje já não tem mais, como dizer que você apagou várias e várias vezes o carro quando estava aprendendo e que hoje dirige muito bem, é possível dizer que você já amou muito alguém, mas que não ama mais. Não é vergonha nenhuma errar na escolha quando julgou a outra pessoa ser sua alma gêmea, provavelmente ela tenha sido ótima no tempo em que era exatamente dela que você precisava.Vergonha, é dormir e acordar quase todos os dias com alguém por pura carência. Vergonha é dizer que ama, quando se sente pena. Vergonha é não fazer o que se tem vontade ou morrer de culpa por ter feito, quando alguém acredita que você está em casa dormindo.Algumas pessoas não sabem administrar o que tem e é duro admitir isso, não saber abrir mão de um sentimento que te traz segurança, mas que não satisfaz em nenhum aspecto, por medo de ficar sozinho, não só é egoísta, como é covarde. Porque do outro lado existe alguém, tão acorrentado quanto você nessa relação, mas que pode continuar acreditando em um futuro, que você inconseqüentemente ainda cultiva.
(Raíssa Mesquita)